regresso com um remake

Muito tempo passou sem que tenha dado os meus ares a estas paragens. Sobretudo porque o trabalho foi muito, o tempo pouco, e com o cansaço e a falta de tempo foi-se a vontade de cozinhar. Vontade essa que regressa agora aos poucos, depois de uns dias de férias.

De há uns meses para cá descobrimos Bertiandos e a sua reserva natural, e para lá nos temos escapulido quando possível. Foi o caso de há dois dias. Da passagem pela quinta pedagógica trouxemos duas caixinhas de amoras que comprámos na recepção.

E as duas caixinhas serviram para duas versões da já aqui postada panna cotta.

A primeira versão simplesmente incluiu as amoras frescas no preparado, inteiras. Ficou fresquinho, bom, e com boa cara.

Comida a primeira versão, a segunda está agora no frigorífico. Feita a receita base simples e devidamente endurecida no frio, preparei um coulis com as amoras. 250g de amoras, 5 colheres de sobremesas de açúcar e um bocadinho de água, tudo em lume brando até cozinhar as amoras e formar um xarope de cor forte. A variação: dissolvi no coulis duas folhas de gelatina, hidratadas, e só depois o verti sobre a panna cotta já sólida. O resultado, espero, será uma camada de gelatina de amora sobre a panna cotta. Estou a antecipar um bom resultado. Depois mostro as fotos 🙂

Tarte de Limão Merengada em Base de Chocolate

Parece impossível. Há quase 3 meses que não aparecia por estas bandas. E, verdade seja dita, não tenho feito grandes aventuras culinárias.
Por estes dias vi duas receitas de tartes de limão que me pareceram bem… mas pareceu-me ainda melhor misturar o que cada uma delas tem de melhor. E assim fiz.

A massa veio daqui:

Massa:
175 g de farinha de trigo
25 g de cacau
25 g de açúcar em pó
125 g de manteiga fria aos cubinhos
1 gema grande
2 colheres de sopa de água fria
Uma pitada de sal
75 g de chocolate ralado com um mínimo de 60% de cacau

Misturar os ingredientes secos.
Juntar a manteiga e fazer migas com a ponta dos dedos.
Juntar a gema e a água e misturar até que fique homogéneo.
Refrigerar a massa envolta em filme por 1 hora.
Estender a massa e forrar uma tarteira de 23 cm de diâmetro.
Picar a massa com um garfo, tapar com filme e refrigerar 2 horas no mínimo ou toda a noite.
Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Tapar a massa com papel de alumínio e espalhar algumas leguminosas ou pesos sobre o papel.
Cozer por 15 minutos.
Retirar o papel de alumínio e cozer por mais 5 minutos.
Baixar a temperatura do forno para 170ºC.
Tirar do forno a massa e espalhar o chocolate ralado por cima.

Devo dizer que adorei esta massa. Fi-la no robot de cozinha, e correu muito bem. Ficou saborosa e fácil de estender, além de levar menos manteiga do que outras massas de tarte, o que é sempre um bónus. Vou passar a usar esta base como receita-tipo para as minhas tartes doces.

Depois, a vez do recheio, que veio daqui:

Ingredientes para o Recheio:
1 Lata de Leite Condensado
3 Gemas
100ml a 150ml de Sumo de Limão
.
Ingredientes para o Merengue:
3 ou 4 Claras
3 Colheres de Sopa de Açúcar

Para o recheio é só misturar a lata de leite condensado com as gemas e o sumo de limão e espalhar por cima da massa.

Para o merengue batem-se as claras em castelo até fazerem picos suaves e nessa altura é que se começa a juntar o açúcar em chuva até formar o merengue.

Agora há 2 hipóteses, ou já se cozeu a tarte antes e o merengue é posto em cima e vai só ao forno a alourar (uns minutos a 200º) ou coloca-se o merengue sobre o creme ainda em cru e vai ao forno até estar tudo cozido (mais ou menos uns 20 minutos também a 200º).

E ficou uma tarte linda e deliciosa, o híbrido que nasceu destas duas receitas! Depois ponho fotos. Sem dúvida, uma tarte a repetir.

Boa Páscoa

O dia dos aproveitamentos de pão

Não, não foi desta que regressei ao blog em força…

Continuo morta de trabalho, mas como se poderá depreender, a dieta já era!

Antes do Natal comprei dois grandes cacetes de pão para rabanadas, que me esqueci de levar para casa dos meus pais. Assim, no regresso, deparei-me com uma grande quantidade de pão para aproveitar… Aqui vão duas das formas que usei para o fazer:

Mini-pizzas improvisadas:

Nem precisam de receita, pois não? Passei as fatias de pão seco por azeite aquecido com alho picado, barrei com um pouco de molho de tomate, salpiquei com queijo mozzarella ralado, oregãos e cobri com um pouco de fiambre de perú.

Pudim de pão de chocolate – Ingredientes:

* 18 fatias de pão * 410ml de leite * 400g natas * 3 gemas * 3 ovos inteiros * 100g de açúcar * 200g chocolate meio amargo, picado * 50g de chocolate de leite, picado * uma pitada de sal

Baseei-me nesta receita, com pequenas alterações. Ficou muito bom!

fora da cozinha

Não tenho postado nada, porque nem sequer tenho cozinhado…

Ando cheia de trabalho, por isso as refeições têm sido feitas fora de casa, pelo namorido, ou à pressa. Para agravar a situação, comecei uma dieta, o que restringe em muito a variedade do que posso comer. De modo que não é de estranhar que não publique nos próximos tempos… Um dia destes surpreendo com novas postagens.

Bolachas de aveia

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Nunca tinha feito bolachas… e era uma coisa que andava cheia de vontade de experimentar. As bolachas de aveia pareceram-me ser uma boa opção, pois não são muito complicadas e são um clássico de que toda a gente gosta. Tomada esta decisão, foi só escolher uma receita.

Inspirei-me nesta, do Blog da Pantagruela que me atraiu pelo facto de a aveia ser caramelizada antes de formar as bolachas. Como sempre, inventei um bocadinho. Foi, então assim que as fiz:

75 g manteiga

125 g flocos de aveia

50g de açúcar mascavado escuro

25 g de açúcar

1 ovo

1 colher de chá de canela

50 g de farina

1 colher de chá de fermento

O que mudei: substituí a maior parte do açúcar por açúcar mascavado, e troquei raspa de limão por canela.

Derreti a manteiga numa frigideira em lume muito brando e deixei caramelizar o açúcar (pus a totalidade dos 2 açúcares) e os flocos de aveia, mexendo sempre. A mistura fica com um aroma delicioso, que nos indica que já tostou o suficiente.

Misturam-se os restantes ingredientes com a colher de pau e incorpora-se a aveia caramelizada. Mexe-se bem. Adorei a textura da massa, que nem sequer se cola nas mãos. É muito fácil de moldar. Retirei porções de massa com uma colher de sopa, rolei-as e espalmei (em forma de bolacha). Dispus a bolachas sobre um tabuleiro antiaderente polvilhado com pão ralado. Rendeu 10 bolachas (+ 1 menor).

Foi ao forno a 180º cerca de 15 min.

Nem vos digo o quanto cheiram bem – ainda não provei, que estão quentes.

Pão de ló com creme inglês e farófias

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Estive esta semana em Felgueiras, terra do pão de ló de Margaride, de onde trouxe um pão de ló… A verdade é que, em minha casa, o pão de ló sempre foi visto mais como um ingrediente da sobremesa que se segue, do que como um bolo de direito próprio… E foi exactamente esse o destino deste exemplar.

Bater 3 claras em castelo firme e juntar 75g de açúcar.

Põe-se a ferver  1l de leite com baunilha e deitam-se colheradas de claras que se deixam cozer. Vão-se virando com uma espumadeira  e quando estão firmes tiram-se para uma rede e deixam-se escorrer.

Com o leite que sobrou faz-se o creme inglês

½  litro de leite;  3 gemas, 75g de açúcar e aroma de baunilha.

Pôr as gemas numa tigela, bater bem com a vara de arames e, ao mesmo tempo, juntar o açúcar em chuva e uma colher de café de Maizena. Ferver o leite com a baunilha e deitar, a pouco e pouco,  o leite a ferver sobre a mistura ovos-açúcar, mexendo sempre muito bem. Quando metade do leite estiver incorporada pode juntar-se o restante mais rapidamente.

Deitar tudo de novo no tacho e levar a lume médio, mexendo com uma colher de pau, até a espuma desaparecer ( NÃO DEIXAR FERVER) – como sobrou bastante leite, tive necessidade de engossar um pouco mais com uma colher de sobremesa de farinha, mas não muito. Não se pretende um creme muito espesso.

Montagem:

Cortam-se fatias de pão de ló (cerca de meio quilo). Coloca-se uma camada de pão de ló numa taça. Embebe-se com um pouco de uma mistura em partes iguais de vinho do porto e água. Cobre-se com uma camada de creme inglês. Repete-se o processo até acabar o pão de ló e o creme. Por fim, cobre-se com as farófias. Deixa-se arrefecer e leva-se ao frigorífico.

Bolo de canela

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E assim estreei as minhas formas redondas iguais 🙂

Amanhã vou ter a visita dos meus pais e do meu irmão, e resolvi preparar uma coisinha doce para os receber. Este bolo foi adaptado do Bolo de Canela com Creme de Baunilha do n.º 1213 da Revista Segredos de Cozinha, que o meu querido me tinha oferecido (sem segundas intenções, aposto, logo ele que nem gosta nada de canela, a trazer um número dedicado às delicias de canela…).Não fiz o creme de baunilha, que substituí (no recheio e na cobertura) por leite condensado cozido. Fiz uma receita e meia, alterando algumas proporções mais ao nosso gosto: menos manteiga, mais canela… O resultado foi este:

9 ovos

350 g de açúcar

200 g de manteiga

375 g de farinha com fermento

3 c. sobremesa de canela em pó

1 lata de leite condensado cozido

Untar a forma redonda com manteiga e papel vegetal que também deve ser untado com manteiga – não subestimar este passo! Fiz exactamente isto na primeira forma, mas o bolo saíu tão bem que, para a segunda, só untei e enfarinhei, sem papel vegetal… foi má ideia!

Ligar o forno a 180ºC

Bater as gemas com o açúcar. Juntar a manteiga e continuar a bater. Bater as claras em castelo e incorporá-las no preparado anterior, alternando com a mistura seca (farinha, fermento e canela).

Levar ao forno cerca de 40 min (no meu forno demorou menos).

Aparei ligeiramente os bolos e recheei com leite condensado cozido. Sobrepus o segundo bolo e cobri com leite condensado cozido. Por fim, polvilhei com canela.

Lombos de pescada de coentrada

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Esta é uma receita que faço muitas vezes. A receita original é do livro «As receitas do sítio docostume», que o Pingo Doce editou com as receitas que publicava semanalmente. (Tenho imensa pena que esta ideia não se repita… Há imensos supermercados a publicar receitas todas as semanas, mas as fichinhas soltas não dão jeito nenhum e acabam por se perder. Os livrinhos são muito mais práticos…) Acabei por adaptar a receita, de tanto a usar: a versão que se segue, é a minha adaptação.

1 embalagem de lombos de pescada (usei uma de 400g)

1/2 limã0

2 dentes de alho

1 molho de coentros frescos (usei a maior parte de um saquinho de 40g)

azeite

1 colher de sopa de farinha

meio copo de vinho branco

Temperam-se os lombos de pescada com o sumo de meio limão e sal.

No copo misturador, trituram-se os dois dentes de alho e a maior parte dos coentros (deixam-se algumas folhas de parte para decorar), com um fio de azeite e metade do vinho branco. (A receita original usava menos vinho e não o juntava neste passo, mas verifiquei que a mistura ficava bastante espessa e difícil de retirar do copo).

Leva-se ao lume a mistura anterior e deixa-se alourar um pouco. Junta-se então o restante vinho, um pouco de água, sal e pimenta a gosto e engrossa-se o molho com a farinha, mexendo sempre. Dispõem-se os lombos de pescada sobre o molho, cobre-se e deixa-se cozer em lume brando. Gosto de juntar neste ponto a marinada de sumo de limão onde estava a pescada.

Servi com arroz branco e polvilhei com coentros frescos.

Nota comercial: formas de bolos ao preço da chuva!

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Estou maravilhada: comprei duas formas redondas de fundo amovível iguais (para fazer bolos recheados), uma forma de coração, uma forma de bolo inglês e um tabuleiro rectangular pequeno (a pensar em brownies e outros quadradinhos do estilo…), todos anti-aderentes, por 13€!!! No deBorla. Não tenho comissão, juro. Mas vale bem a pena! (Só não se vê aí em cima o tabuleiro rectangular, que foi usado para os portobellos!)

Portobellos recheados

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Hoje foi dia de limpezas maiores cá em casa… O resultado foi que pela hora do lanche, já tardio, estávamos esfomeados. Fomos a uma casa de croissants que uma amiga me «apresentou» recentemente… e como tal, a hora do jantar acabou por ser adiada, e a escolha recaiu sobre qualquer coisa leve, mas saborosa.

Ingredientes:

2 cogumelos Portobello (grandes)

1/2 cebola

3 dentes de alho

500 g de carne de porco picada

1 courgette

queijo gruyère ralado na hora

azeite, polpa de tomate, pimentão picante, sal, noz-moscada e cominhos a gosto

Preparação:

Comecei por cortar as courgettes em fatias com cerca de 1/2 cm de espessura. Dispu-las sobre um tabuleiro de ir ao forno, reguei com um fio de azeite, sal grosso e um dente de alho picado fino e levei ao forno (200ºC) enquanto preparei o resto.

Piquei a cebola e os restantes 2 dentes de alho  refoguei em azeite até ficar transparente. Juntei então a carne picada, que deixei alourar. Uma vez corada a carne, juntei a polpa de tomate, os pés e parte do interior dos cogumelos picados, a noz moscada, os cominhos, o pimentão picante e o sal e deixei apurar durante uns minutos, tapado e em lume brando.

Enchi os cogumelos com a carne picada (não gastei a quantidade toda… acabou por sobrar cerca de metade, que amanhã vai virar molho para uma massa) e coloquei em cima de cada um, um montinho de queijo gruyère ralado grosso.

Dispus os cogumelos sobre as courgettes, que já estavam praticamente assadas e levei mais alguns minutos ao forno, até o queijo estar bem douradinho.

(até o mais-que-tudo, que é pouco amigo de pratos onde os vegetais têm destaque, aprovou – inclusive as courgettes, que ganharam bastante sabor, entre o alho picado e o molho libertado pelos portobellos).